sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Se persistirem os sintomas, consulte um Psicanalista!
FANI HISGAIL




Numa sociedade em que o cidadão é monitorado por "olhos eletrônicos", faróis inteligentes, câmeras digitais, numa constante sensação de paranóia implícita, o resultado não pode ser dos melhores. 
Quando a vida pessoal se transforma num inferno particular, o mal-estar crônico adquire novas formas sintomáticas e a ansiedade toma conta. 
Neste momento, o que se recomenda é procurar ajuda profissional. Se for um médico ou psiquiatra, a terapia medicamentosa estará ao alcance das mãos, mas se a opção fosse um psicanalista, a terapia baseada na palavra faria o sujeito falar do seu sofrimento. 
A prática clínica consiste em fazer o paciente contar sobre quem ele pensa que é e como ele se apresenta para si e para quem o escuta. Como enfatizava Jacques Lacan, o analista age menos pelo que diz e faz do que por aquilo que é. 
Significa que este exerce essa função somente quando houver alguém que lhe demande neste lugar. Entre quatro paredes e um divã, o analista se pergunta: O que ele quer de mim? A cura ou o apego ao sintoma? Quem ele pensa que sou, quando diz isso? 
Em outras palavras, o analista funciona como arrimo das representações inconscientes com as quais o paciente dialoga e lida sem saber ao certo que isso acontece na transferência. A associação livre, regra fundamental do tratamento, opera mudanças quando o discurso faz um novo sentido, redefinindo o modo de escutar a própria história. 
Quem não deseja falar de si para alguém? Ainda mais, quando as relações são vividas como superficiais, passageiras e vazias. Na era da comunicação móvel, o diálogo não é mais dialógico, é atravessado pelas lentes das tecnologias digitais criando uma profusão de sentidos díspares. 
Para os mais jovens, as novas mídias e as redes sociais digitais (facebook, twitter, blogs) são fatos consumados: por meio destas tecnologias que a vida rola solta. 
Alguns analistas acompanham a tendência e postam páginas no facebook, enquanto outros são seguidos no twitter ou nos blogs inteligentes e criativos sobre temas do cotidiano. 
Estes eventos demonstram que a sociabilidade em rede, onde o virtual e o real são vivenciados como sendo a mesma coisa, chegou para ficar e apresenta dinâmicas nunca antes cogitadas, enquanto a energia se sustentar, pois na falta dá-se o caos. 
Algumas situações que ocorrem hoje em sessões de análise confirmam como a cultura digital faz parte da produção do inconsciente. 
Os analisantes se valem do torpedo para mandar mensagens ao psicanalista como: "estou a caminho", "desculpe, mas não poderei ir", "podemos mudar a sessão?" ou, quando não desligam o celular e dizem: "desculpe, mas preciso atender" ou "vou desligar o aparelho". 
Outro fenômeno interessante é quando o paciente, para ser o mais fiel em seu discurso, lê o que o outro lhe escreveu no celular. 
Sob esta perspectiva, as linguagens apresentadas sob os diferentes suportes - tablets, smartphones, laptops - compõem um aspecto da transferência de saber que a psicanálise atual deve conhecer e manejar. 
Segundo a semioticista Lucia Santaella, "estamos vivendo a transição entre um modelo de acesso restrito à informação para um modelo aberto e livre, no qual a informação se espalha por todas as superfícies e ambientes". 
Com essa constatação, fica-se mais exposto ao meio; porém, isto poderia prejudicar as análises? Ou, quanto mais o psicanalista parecer como um de nós, menor seria a idealização que gira em torno dele? 
No passado, havia uma idéia de que o paciente não podia ter acesso à vida privada do analista, ao ponto de se produzir enormes resistências ao tratamento, se algo fosse revelado da sua intimidade. 
O constrangimento maior era encontrá-lo em ambientes comuns e não saber o que fazer: cumprimentar, ignorar ou se esconder. Naquelas épocas, as análises eram restritas apenas à elite que podia pagar por elas, e os profissionais, todos de formação médica. 
Tudo isso mudou! Hoje, os psicanalistas são psicólogos em grande maioria, e a psicanálise tornou-se conhecida e mais acessível. Desperta curiosidade, desejo de conhecer e experimentar; é assunto freqüente, tanto na mídia, quanto nas pesquisas acadêmicas. 
Em público, diversos analistas emitem opiniões, participam de entrevistas e debates sobre temas da própria práxis. 
Apesar de tantas informações, as pessoas têm dificuldade de diferenciar psicoterapeuta, psicólogo, psicanalista e psiquiatra, ainda que se tenha confiança de serem profissionais que cuidam da "cabeça", da "mente", do "subconsciente", do "psicológico" e do "comportamento". 
As pessoas chegam aos consultórios com pesquisas feitas no Google sobre o remédio que estão tomando ou sobre o sintoma favorito, resultando em informações fragmentadas sobre a matéria. Não são poucas as medicadas indiscriminadamente; mais por médicos generalistas do que por psiquiatras. 
Com notável sucesso de vendas e com o aumento de usuários das "tarjas pretas", o perfil do consumidor interessou as agências de publicidade, com os remédios apresentados na propaganda como produtos de primeira necessidade. 
Não é para menos, quem ficou dependente de ansiolíticos e/ou antidepressivos, para poder se livrar deles, precisa tomar outra pílula que anula o efeito da anterior, e assim por diante. 
É preciso um coquetel de pílulas para um coquetel de sintomas, deixando como rastro o insone que erra nas noites mal dormidas. Quem já passou por isso se reconhece quando alguém diz, ao chegar ao trabalho: "Cara, não agüentei e tomei um Dramin, e agora não consigo parar em pé". 
A ausência de sono que afeta tanta gente, seja esta breve ou prolongada, é de tirar do sério. Para muitos, o uso constante das gotas de Rivotríl é mais eficaz do que contar carneirinhos. Pois é: até para nanar, é preciso se dopar! 
Localizado no sono REM, o sonho é suprimido pela ação da droga, e não há nada menos salutar do que deixar de sonhar, sem lembrar nada para contar. Perde-se uma parte de si, um detalhe do mundo anímico que faz coro com o autoconhecimento e a dimensão subjetiva do desejo. 
O inconsciente, patrimônio freudiano, nada tem a ver com o sistema nervoso central ou periférico. Mas, quando não podemos evitar que algumas fórmulas de compromisso caduquem com o passar do tempo, inviabilizando a felicidade e a tranqüilidade, talvez seja o momento exato para começar uma análise. 
Os seres humanos são complicados, melhor dizendo, complexos. Soltos no mundo, desde crianças, temos de responder, como adultos, aos desafios da vida, antes reais do que virtuais. E o fato de sermos falantes, sexuados e mortais, isso não tem remédio. Independente dos meios eletrônicos, a cura pela palavra mantém seu prestígio, com mais de um século de sucesso em cartaz. 




FANI HISGAIL é Psicanalista e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e autora do livro "Pedofilia, Um Estudo Psicanalítico" (Ed. Iluminuras, 2007); hisgail@uol.com.br 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Psicanálise & Barroco em Revista chega ao seu décimo ano de existência. Assim, é com muita alegria que comunicamos olançamento do V.10, n.1. Agradecemos o estímulo e a contribuição que nossos autores e leitores vem nos dando ao longo desse tempo e aproveitamos também, lhes pedir que divulguem em suas caixas de email e entre seus pares a nossa revista. Lembramos que estamos abertos ao recebimento de artigos, ensaios, resenhas e comunicações de pesquisa. Segue abaixo o  link da revista e o sumário desse novo número. A todos,  uma boa leitura!

 

Denise Maurano e Francisco Ramos de Farias

Revista de Psicanálise, Memória, Arte e Cultura

PPGMS/UNIRIO

 

Psicanálise & Barroco em revista
(ISSN:1679-9887)




Ano 10, Número 01: Edição julho de 2012


Sumário


Editorial .................................................................................................................................................................     06
Denise Maurano e Francisco R. de Farias

Artigo
Caminhos da Memória Social do Hospital de Custódia e tratamento Heitor Carrilho: uma investigação filosófica.................................................................................................13
Diana de Souza Pinto e Uriel Massalves de Souza do Nascimento

A recordação infantil e a constelação parental de Leonardo da Vinci: psicanálise, constituição subjetiva e biografia....................................................................................................36
Douglas Emiliano Batista

O paradoxo da coexistência de saberes: psicanálise e o poder judiciário.........................................................     60
Felipe Barreto Nery Coutinho

Ages conforme o teu desejo?- Uma reflexão sobre as relações amorosas segundo Lacan..............................     73
Ronaldo Manzi Filho

A escrita na loucura: uma questão de inscrição..................................................................................................     85
Silvana de Oliveira Tatto e Marcos Pippi de Medeiros

Morte, angústia e família: considerações psicanalíticas a partir de uma unidade de terapia intensiva...........     97
Camilla Araújo Lopes Vieira e Gardênia Holanda Marques

O inconsciente lacaniano.....................................................................................................................................     109
Joyce Bacelar Oliveira

A dualidade do imaginário, entre Eros e Tânatos...............................................................................................     122
Julio Cesar Lemes de Castro

Tornar-se analista...............................................................................................................................................     139
Lavínia Carvalho Brito Neves

Theodor W. Adorno e a esperança no progresso...............................................................................................     148
Sandra Faria de Resende Nascimento & Kety Valéria Simões Franciscatti

O grande dragão vermelho: paranoia e psicose................................................................................................     163
Socorro de Fátima Pacífico Barbosa & Thays Rochelle Carvalho Figueredo

Resenha
Em torno de um olhar impossível.......................................................................................................................      187
Vanisa Maria da Gama Moret Santos

Contents....................................................................................................190

Sommaire..................................................................................................................192

Instruções aos autores.......................................................................................................................................      194

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A primeira matéria do Núcleo de Psicanálise de Macaé que foi publicada na revista DiverCidade

A revista DiverCidade encontra-se nos melhores locais de Macaé. Como Restaurantes, Consultórios, livrarias e Comércio em geral.

A Matéria, A FAMÍLIA NO DIVÃ, estará apartir desse mês nas páginas da revista.



quinta-feira, 19 de julho de 2012


Eis os exemplos de quatro etapas concretas que poderiam formar estes processos de transição a juntar a vários outros.

1. Ao levantar-se de manhã, pense imediatamente: "Eu devo fazer isto, falta-me fazer aquilo, etc.”.
ATITUDE POSITIVA: Hoje você irá pensar bem cedo o que gostaria de fazer e não o que deveria fazer. Cada vez que cumpra uma obrigação, compense-a fazendo alguma coisa que queira simplesmente.

2. Você está preso num engarrafamento causado por um acidente. Você está sempre a reclamar consigo próprio.
ATITUDE POSITIVA: Diga para si próprio que é melhor estar num engarrafamento do que num acidente que tenha provocado. Aproveite a pausa para distender os músculos e respire profundamente pensando em coisas agradáveis.

3. Vai assistir a um espetáculo. No guichê não lhe entregam o troco certo.  Você chama a atenção da pessoa responsável dizendo: "De todas as maneiras, é um imbecil. Estas pessoas são todas imbecis, mas não podemos fazer nada”.
ATITUDE POSITIVA: Faça acentuar um pequeno sorriso e pense: "Depois de tudo, errar é humano, toda gente se pode enganar”.
 
4. Você levanta-se de manhã e os músculos já estão tensos. Você passa o dia com o rosto tenso, com os maxilares contraídos e com uma expressão tensa e dolorosa.
ATITUDE POSITIVA: Durante o dia, dá calmamente ordem de distender os músculos. Descontraia o rosto, descontraia os ombros e os músculos dos maxilares. As aplicações na vossa vida profissional e pessoal são infinitas. Há que descobri-las.

Fonte: http://www.clube-positivo.com








Hoje quero muito agradecer o acolhimento carinhoso dos professores do Centro Educacional Araujo Castro (CEAC) em São Gonçalo, por ocasião de minha palestra “Brinquedoteca escolar”. Deixo registrado aqui minha admiração ao trabalho realizado nessa instituição, bem como a excelência de suas instalações, a simpatia e competência da equipe.






Da direita para esquerda:  diretora profª. Luciana, eu, a psicopedagoga Isis e a coordenadora profª. Flávia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O castelo dos nossos medos




No bosque dos sonhos existe um castelo que guarda os nossos medos. Ninguém sabe exatamente onde se encontra, pois o desafio é achar o caminho de volta. Sabe-se que fica entre a esquina da rua do Silêncio com a da Atitude. Às vezes a vida nos transporta para lá. Pode ser fascinante, mas também assustador. Possui um colorido sombrio, como aquele que vemos quando sonhamos e não sabemos ao certo as cores, mas temos a certeza de que existiam e pareciam até reais. As paredes de concreto abrigam o abstrato da fantasia. Todos os muros e colunas têm aquarelas musicadas soando ecos de exclamações. Pois lá é o lugar onde são enterrados em pintura aqueles impulsos mortos do que se pensou em fazer e por medo desistimos.

Quando nascemos, nós fomos apresentados a aquele lugar estranho ainda com os olhos muito fechados, por muitas vezes achávamos aterrorizante e começávamos a chorar. Era quando apareciam os fantasmas, os bichos-papões... E logo o nosso alarme berrante fazia com que nossos pais nos salvassem. Mas outras vezes nossos olhos deixavam ocultas imagens necessárias para que conseguíssemos enxergar as cenas mais belas que nenhum adulto sequer conseguiria atingir. Nesses momentos, nossos desenhos foram motivos de risos.

Com o tempo fomos crescendo, vencendo os medos e amadurecendo nossa presença neste lugar. As nossas responsabilidades aumentando, decepções crescentes, faz-se necessária nossa ida, onde lá a paz é constante. Já não berramos como antigamente, não temos heróis e por isso a dor parece ser maior. O mundo é monstruoso, maior do que o antigo "monstro do armário"... Com quem podemos contar? Estamos sozinhos, e nos damos conta de que somos todos sozinhos...

É por isso que no castelo dos medos existem anjos. Geralmente somos abordados por eles, que tomam conta de nós . Suas pranchetas sussurram nos nossos ouvidos perguntas como: " Por que aquela pessoa que eu tanto amava se foi?", "Por que eu tive que passar por este momento tão difícil na minha vida?", "Por que meu casamento está em crise, ou não deu certo?" entre tantas outras perguntas curiosas.

Os anjos cuidam de nós e faz, não com que enxerguemos o "porque" , mas com que através da reflexão nossas forças sejam renovadas para acharmos uma saída. Afinal, no momento em que a vida nos leva ao castelo, voltamos a reviver aquela criança frágil e precisamos de alguém que nos salve, que escute nosso berro engolido. Porque fomos educados para não chorar, para sermos adultos silenciosos. E ficamos na amargura, encolhidos no nosso medo, olhando as pinturas na parede que mostram as atitudes não realizadas. As oportunidades que perdemos e poderiam ter mudado nossa direção... Aquele beijo que não demos antes do adeus... O perdão em que o orgulho ferido não concedeu.... As palavras carinhosas que muitas vezes queríamos ter dito e não dissemos... Aquele trocado que não dei ao menino que passava fome na rua... Aquele amigo que pediu ajuda e não tivemos tempo... Aquela pessoa que não tivemos coragem de nos envolver...

Os olhos voltam a ser aqueles pueris, e se fecham em lágrimas e imagens estreitas, como aquelas dos nossos desenhos. E quando vemos, revivemos a arte da nossa infância, temos olhos nos escuros e passamos a enxergar o que não atingíamos . Enxergamos que é necessário tristezas para que encontremos a felicidade, que é preciso perder para ganharmos. Existem pessoas que passam a vida toda trancadas no castelo, mas bem no fundo sabem que é por própria opção dela, que é possível achar a saída. Assim passamos toda a nossa vida saindo e entrando sempre no bosque dos sonhos... Porque lá existe o castelo dos medos que nos renova a coragem de prosseguir e faz com que avistemos do alto os melhores caminhos. Aliás, foi do alto da janela deste castelo que escrevi este conto... Foi através deste conto que encontrei a minha saída.

Thaís Copetti


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Qual a cor da sua vida?




A vida é um acontecimento que merece ser comemorado. Há cada dia, a cada instante, ela se renova generosa nos pequenos espaços. A vida é miúda, feita de pequenas partes. Viver é construir um mosaico, parte por parte, dia após dia. A beleza de um momento unida à tristeza de outras horas passa a ocupar o mesmo espaço no quadro. As cores se misturam e se arquitetam em busca da harmonia tão desejada.

Há dias em que as cores são frias... a vida pede calma, silêncio, pausas...

Há dias em que as cores são quentes... a vida rompe com toda forma de calma...”
Pe. Fábio de Melo



É uma preocupação antiga de o homem desejar sempre reproduzir o colorido da natureza; o azul do céu, o verde das folhas, o colorido das flores, os diversos tons das águas do mar.

Você consegue imaginar o mundo em preto e branco?


A cor é assimilada pelo ser humano através do sentido da visão. A visão é dos cinco sentidos o que mais rapidamente conduz a informação até ao cérebro. Dessa forma os olhos são os sensores e o cérebro é o processador.
A visão representa uma das preciosidades que o homem recebeu da natureza. É o sentido que faz vibrar o ser humano. A cor é indispensável ao homem para que conheça o mundo que o rodeia isto porque esse mundo é caracterizado pela luz e pelas cores, são estas últimas que ajudam a compreender o espaço, a definir o que esta longe, e o que está perto, o que tem volume...
Na arte a cor é especialmente importante. Na pintura a cor é o elemento principal, é através dela que o pintor transmite os seus sentimentos, as suas intenções, e define as formas.

A cor é vista: impressiona a retina.
A cor é  sentida: provoca emoção.
A cor é construtiva, pois tem um significado próprio, tem valor de símbolo, sendo capaz de, construir uma linguagem que comunique uma ideia ( alegria, tranquilidade, excitação entre outras)


POR DENTRO DAS CORES

Cores Primárias 
            São consideradas primárias porque através de misturas dão origem a todas as outras cores. São elas azul, amarelo e vermelho.


Cores secundárias
As cores secundárias resultam da mistura em proporções iguais de duas cores primárias. Assim:




Cores complementares
Cores complementares são as cores opostas no disco de cores e são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes. Por exemplo: O vermelho é complementar do verde. O azul é complementar do laranja.

Cores análogas
Cores análogas são as que aparecem lado-a-lado no disco de cores. São análogas porque há nelas uma mesma cor básica. São usadas para dar a sensação de uniformidade.

Tom
Refere-se ao maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Quando se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e ao se adicionar o branco a determinado matiz, este se torna gradualmente mais clara.





No ocidente, as cores surtem diferentes efeitos psicológicos sobre as pessoas

Branco - purificador, perfeição, pureza, neutralidade, humildade, limpeza, claridade, frieza e esterilidade, pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição, união;

Preto - luto, elegância, solidez, poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério, azar;

Cinza - elegância, humildade, respeito, reverência, sutileza;
Amarelo - concentração, disciplina, comunicação, ativa o intelecto, positividade, boa sorte;

Vermelho - paixão, entusiasmo, impacto, agressividade, força, energia, amor, liderança, masculinidade, perigo, fogo, raiva, revolução, "pare";

Rosa - Amor, carinho, suavidade, acolhimento, romantismo;

Azul - harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia, liberdade, saúde, purificação, amabilidade, paciência, serenidade;

Ciano - tranquilidade, paz, sossego, limpeza, frescor;

Verde - esperança, cura, natureza, paz, natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro, boa sorte, ciúmes, ganância, esperança;

Lilás - influenciam emoções e humores, intuição e espiritualidade;

Roxo - velocidade, concentração, otimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza, dinheiro;

Magenta - luxúria, sofisticação, sensualidade, feminilidade, desejo;

Violeta - espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência, dor;

Laranja - equilíbrio, generosidade, entusiasmo, alegria, aconchegante, energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo, ludismo;

Castanho - sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso, aspereza.


O significado das cores em nossas vidas

TINTAS

A tinta é um líquido com pigmentos coloridos e aglutinantes solventes ou aditivos que podem ser à base de água, óleos, betuminosas ou plásticas.
O pigmento é uma substância composta de partículas microscópicas coloridas que são misturadas à tinta para dar cor. Pigmentos e corantes podem ser extraídos dos reinos mineral, vegetal ou animal. Eles servirão para colorir a tinta. Folhas, raízes, flores e cascas são corantes vegetais, que devem ser fervidos em água ou através da extração do sumo. Depois de frio, o líquido obtido é capaz de manchar uma superfície. Alguns exemplos:

            - Amarelo ou laranja: casca de cebola, girassol, cenoura.
            - Vermelho: serragem vermelha, jabuticaba, beterraba, urucum.
            - Marrom: café, chá preto.
            - Verde: folhas de cenoura, couve, erva-mate, loureiro.
            - Roxo: jamelão.
            - Preto: carvão, jenipapo.


Faça suas tintas

Tinta plástica:
-Misturar um pouco de cola branca na tinta guache ou PVA.


Tinta óleo
Para fazer tinta a óleo misture pigmento em pó (ex.: pó xadrez) com óleo de linhaça. Use uma espátula para amassar bem o pó. O ponto bom da tinta é  o mesmo da consistência da pasta de dente. Para lavar o pincel ou diluir a tinta use terebintina ou aguarrás.



Têmpera
A têmpera é feita com gema de ovo e pigmento. Peneire a gema para separar a sua pele. Se ovo estiver gelado fica mais fácil de retirar a pele da gema. Pra cada gema misture uma colher de café de pigmento (ex.: pó xadrez). Você pode utilizar um pouquinho de água para controlar a densidade.


Tinta com papel de seda ou papel crepom.

-Ingredientes: Uma folha de papel de seda ou crepom de cor viva; uma colher (de sopa) de álcool; uma xícara (de café) de água. Misture tudo e deixar em fusão por dois dias. Guardar em vidro fechado.

Crie sua paleta de cores
Cores primárias: Azul, Vermelho, Amarelo. O Branco e o Preto não são considerados cores, com eles trabalham-se o claro e escuro / luz e sombra. Assim, quando uma cor é misturada ao branco, você obtém o tom (tonalidade) ou matiz. Por exemplo, se você mistura o branco a um azul puro, você obtém um azul celeste, um azul bebê etc.
Quando uma cor é misturada ao preto, você obtém a sombra, a graduação (ou gradação). Por exemplo, se você mistura o preto a um azul puro, você obtém um azul marinho, um azul escuro, um azul índigo.
Brinque com as cores

Laranja + Verde = Ocre
Preto + Branco = Cinza
Violeta + Branco = Lilás
Azul + Amarelo = Verde
Azul + Vermelho = Violeta
Laranja + Branco = Cor de pele
Azul + Branco = Azul claro
Violeta + Vermelho = Carmim
Verde + Amarelo = Verde folha
Vermelho + Amarelo = Laranja
Violeta + Ocre = Siena queimada
Vermelho + Branco = Cor rosa
Amarelo + Branco = Amarelo canário
Vermelho + Verde = Vermelho veneza
Verde + Violeta = Sombra esverdeada
Violeta + Verde + Amarelo = Verde Musgo
Amarelo + Ocre = Amarelo indiano ou ocre dourado
Violeta + Verde + Azul = Preto marfim (calibrando com azul)







Enfim, vença a timidez, o medo de errar, solte as mãos e a imaginação, explore o desconhecido com coragem e determinação e obtenha sucesso!


Lembre-se:
Praticar é muito importante.







Referências
CANTELLE, Bruna R. Arte, etc. e tal...Ensino básico de Educação Artística. Vol .1.  São Paulo: IBEP.
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgar Bücher, 1986.
ARNHEIM Rudolf  . Arte e Percepção Visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Pioneira, 2005. 






segunda-feira, 4 de junho de 2012

Arco-iris


Um dia desses ao passar pela ponte Rio-Niterói, pela janela do ônibus, como criança me pus a contemplar um lindo arco-íris. Lembrei das minhas fantasias de infância: Será verdade que no final dele há um pote de ouro? Bem, hoje já não me faço esta pergunta, mas com certeza   sua imagem multicor embala meus sonhos criativos repletos de cor e felicidade. 







 Como estamos falando de cor, aproveito para compartilhar como vocês um linda poesia de Sagramur.


CORES DA VIDA



Na visão poética de minhas retinas, a vida tem as cores do Azul e do Rosa.



Mas quando olhamos para o sol e seus raios luminosos, reluz natureza, a vida se torna Amarela, cheia de brilho e esplendor, fios dourados benevolentes de energia.


Quando olhamos para o chão e sentimos as gramíneas brotarem do solo fértil anunciando esperança, a vida é Verde, tapete de sonhos a nos dizer - siga.

Quando as crianças brincam na inocência da idade em ludicidade e liberdade, a vida é Branca, reinante de paz e alegria - trenzinho de felicidade.

Quando a inquietação permeia coraçõezinhos adolescentes, a vida é um degradê de Alaranjado - experimentar as nuances, faz sentido - dá vigor aos desafios de não se conter.

Quando a solidão faz "aconchego" na boca do estômago prenunciando azia, a vida é Marrom, plena de melancolia. Dorzinha doída, que dói, dói, dói, machucando o Verde.

Quando à noite, a lua aparece e os enamorados se entrelaçam em paixão desenfreada, a vida é Vermelha em estágio de imaginação e fulgor. O coração bate-bate, saltitante de entregas e fantasias.

Quando alguém do outro lado da linha, de peito aberto diz: "oi amiga, oi amada", a vida é Maravilha, o coração fica cheio de júbilo, rimos a toa, bailamos na ilha do mar sereno.

Quando os sentimentos negativos nos domina e não encontramos alternativas, a vida é Cinza, acinzentado desamor, desabrigo de estrelas.

Quando a escuridão fecha nossos olhos para sempre e a terra nos consome por inteiro, a vida é Preta, sem luz, sem brilho, sem alma e sem nenhuma chance.

Quando o amor acaricia o nosso olhar em gestos de doce magia, a vida é Dourada, palpitante e reluzente. Voa-se horizontes sem fim, flutua-se o colorido das estações.

E quando paramos para refletir a vida... A vida é um Arco-íris, todo pintado pelas cores da nossa escolha e da nossa imaginação.







Psicologia Analítica e A Roda Das Cores
Por: Mônica Perny

C.G. Jung mostrou que o símbolo do círculo é uma imagem arquetípica da totalidade da psique, o símbolo do self sendo este o arquétipo que representa a unidade dos sistemas consciente e inconsciente, funcionando ao mesmo tempo como centro regulador da totalidade da personalidade. A sombra pertence ao inconsciente pessoal, mas também é pessoal na medida em que diz respeito aos nossos próprios fracassos e debilidades entre outros, mas como é comum a toda a humanidade, pode ser considerada um fenômeno coletivo. Segundo Jung não há sombra sem sol, nem sombra (no sentido de inconsciente pessoal) sem a luz da consciência. A sombra é inevitável e sem ela o homem é incompleto.
A roda das cores como mandala, representa as oposições do múltiplo e do uno, do decomposto e do integrado, do indiferenciado e do diferente, do exterior e do interior, do difuso e do concentrado, do visível aparente e do invisível real.
Jung recorre à imagem da mandala para designar uma representação simbólica da psique. 


As cores

A cor, além de produzir uma sensação de movimento, de expansão e de reflexão, pode também nos oferecer uma impressão estática. Mas ao relacionar uma cor a outras, dentro de um espaço bidimensional, um outro fenômeno pode acontecer. Poderemos observar que os valores apresentados por uma determinada cor se alteram quando ela passa a sofrer a influência de uma ou mais cores colocadas dentro de um mesmo espaço.
O primeiro caráter do simbolismo das cores é sua universalidade, em todos os níveis do ser e do conhecimento.
As cores complementares (uma primária e uma secundária) oferecem oportunidade de contraste de efeitos, que podem ser usado com grande êxito, desde que quem empregue saiba usá-las.
A harmonia pode ser conseguida pela graduação da luminosidade, pois o uso de cores complementares muito intensas, lado a lado, pode reduzir efeitos demasiado violentos.
As sensações de calor e frio em relação a uma cor são relativas ao indivíduo que a vê. Na psicologia distinguem-se as cores quentes e as cores frias As primeiras favorecem os processos de adaptação e de ardor (vermelho amarelo e alaranjado), tem o poder estimulante e excitante. As segundas favorecem o processo de oposição (azul, índigo e violeta), tem o poder sedativo e pacificante.
                       

Funções psíquicas X Cores

Na concepção analítica, segundo Jung, as cores exprimem as principais funções psíquicas do homem: pensamento, sentimento, intuição e sensação.
O azul é a cor do céu, do espírito, no plano psíquico, é a cor do pensamento.
O vermelho é a cor do sangue, da paixão, do sentimento.   
O amarelo é a cor da luz, do ouro, da intuição.
O verde é a cor da natureza, do crescimento. Do ponto de vista psicológico, indica a função de sensação ( função do real), a relação entre o sonhador e a realidade.


Simbologia das Cores Básicas:

Vermelho: Vem do latim vermiculus [verme, inseto (a cochonilha)]. Simboliza uma cor de aproximação, de encontro. Considerado como símbolo fundamental do princípio da vida, com a sua força, seu poder e seu brilho, cor do fogo e de sangue.
Amarelo: Deriva do latim amaryllis. Simboliza a cor da luz irradiante em todas as direções. É amais quente e a mais expressiva das cores. É a cor da eternidade; a cor da terra fértil.
Azul: Tem origem no árabe e no persa lázúrd, por lazaward (azul). É a cor do céu sem nuvens. É a cor mais profunda das cores: nele o olhar mergulha sem encontrar qualquer obstáculo, perdendo-se até o infinito. É também a mais fria das cores e, em seu valor absoluto, a mais pura, à exceção do vazio total do branco neutro. Imaterial em si mesmo, o azul desmaterializa tudo aquilo que dele de impregna. É o caminho do infinito, onde o real se transforma em imaginário. Claro, é o caminho da divagação, e quando se escurece, torna-se o caminho do sonho. O pensamento consciente, nesse momento vai pouco a pouco cedendo lugar ao inconsciente.
           

Simbologia das Cores Secundárias:

Verde: Vem do latim viridis. Situa-se entre o azul e o amarelo. Simboliza a faixa harmoniosa que se interpõe entre o céu e o Sol. Cor reservada e da paz repousante, favorecendo o desencadeamento das paixões. É o mediador entre o calor e o frio. É a cor do reino vegetal; do despertar da vida; da água. É envolvente, tranquilizante, refrescante e tonificante. Para os cristãos e na nossa cultura, a cor da esperança. A cor verde conserva um caráter estranho e complexo, que provém da sua polaridade dupla: o verde do broto e o verde do mofo, a vida e a morte. É a imagem das profundezas e do destino.
Alaranjado: Origina-se no persa narang, através do árabe naranja. Situa-se entre o amarelo e o vermelho. Simboliza o flamejar do fogo; o equilíbrio entre o espírito e a libido. Mas esse equilíbrio é tão difícil de ser alcançado que o alaranjado se torna também a cor simbólica da infidelidade e luxúria.
Violeta: Situa-se entre o vermelho e o azul. É a cor da temperança, equilíbrio entre a terra e o céu, os sentidos e o espírito, a paixão e a inteligência, o amor e a sabedoria, também é a cor do segredo, da submissão, da tranquilidade no qual o ardor do vermelho é suavizado.


Cores Opostas

As cores opostas como o branco e o preto simbolizam o dualismo intrínseco do ser. Elas simbolizam ainda: o preto, o tempo; o branco, o intemporal, e tendo o que acompanha o tempo, a alternância da escuridão e da luz, da fraqueza e da força..
Branco: A palavra nos vem do germânico blank (brilhante) Simboliza a luz, e nunca é considerado cor, pois de fato não é. Se para os ocidentais simboliza a vida e o bem, para os orientais é a morte, o fim, o nada.
Preto: Deriva do latim niger (escuro, preto, negro). É expressivo e angustiante ao mesmo tempo. É alegre quando combinado com certas cores. Às vezes tem conotação de nobreza, seriedade. C.G. Jung sublinha que o preto é o lugar das germinações, é a cor das origens, dos começos, das ocultações.



No meu trabalho arteterapêutico com a Roda das Cores tenho como objetivo principal trabalhar as questões pertinentes às diferenças, harmonia, limites, serenidade, equilíbrio e ordenação, buscando através deste último estimular a energia criadora do indivíduo.



Referências:
CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio; 2003
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgar Bücher, 1986.
FORDHAM, Frieda. Introdução à psicologia de Jung. São Paulo: Verbo : Ed. Universidade de São Paulo,1978.
GRINBERG, L.P. Jung: o homem criativo. São Paulo: FTD, 2003.

domingo, 3 de junho de 2012

Seja feliz




Seja feliz


Quando estamos envolvidos na correria do dia-a-dia, com todas as cobranças e obrigações fica difícil pensar em felicidade, mas é justamente em meio a tudo isto que devemos parar um instante que seja para pensar em tudo de bom que nos acerca.

É fácil contaminar-se pela tensão, pelos desgostos. Difícil é dar-nos conta de que em meio a isso, temos pessoas que gostamos e que gostam de nós, temos filhos, amigos, temos animais de estimação, temos sonhos a serem realizados.

Não se abata. Procure ver o lado positivo das piores situações porque na vida nada é totalmente bom ou totalmente ruim. Pensando positivamente, vivendo de bem, atraímos o bem e ser feliz começa assim, atraindo coisas boas e ultrapassando os obstáculos de forma positiva.

Seja feliz. Enxergue a beleza nas coisas mais simples. Um abraço, um sorriso, uma bela paisagem não custam nada e podem nos trazer felicidade. Prepare-se, abra seu coração e sua mente, experimente, tente, arrisque-se de vez em quando e dê valor a quem e ao que realmente importa.

Descarte o mau-humor, livre-se das energias negativas e sinta-se especial. Agindo desta forma o mundo se abrirá para você.